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Brasília

Aromas

Arquivo Geral

12/09/2016 9h50

Torcedor é torcedor. Nos menores sinais vê grandes certezas. É o que acontece, agora, por exemplo, com a galera do Flamengo, que não cansa de dizer “sentir cheirinho de hepta” devido à boa campanha que seu time realiza no Brasileiro 2016. Não vou entrar, aqui, na velha discussão do título de 1987 (o que levaria o Flamengo a ser hexa, já). Vou tentar, apenas, falar dos tais “cheirinhos” que a torcida sente – e a faz sentir tão otimista.

Um deles, vejam só, tem a ver com a questão política nacional. Lembram os rubro-negros que em 1992, quando seu time ganhou o Brasileiro em cima do Botafogo, tivemos um presidente impedido. Agora, apesar de o esquema de disputa ser outro (no Brasileiro) também tivemos um presidente impedido. Se eu quisesse estragar a brincadeira, logo na largada, diria que desta vez foi uma mulher. Mas vamos em frente.

Na memória flamenguista, também em 1992 (e em 2009, quando o Flamengo também foi campeão), seu time estava desacreditado. Verdade absoluta. E, como agora, a equipe reagiu de forma tão arrebatadora que acabou campeã. Lembram até da diferença que tiraram, sobre o mesmo Palmeiras, há sete anos, para “ter a certeza” de que tudo caminha para mais uma conquista – há 24 anos não tínhamos pontos corridos e alguns chegaram a dizer que o time carioca já estaria eliminado. Deu no que deu.

Os torcedores usam e abusam de coincidências que apenas eles “encaixam” para tornar possíveis seus sonhos. Para confirmá-los, fundamental será, na quarta-feira, que seu time derrote o Palmeiras em São Paulo. Ou, pelo menos, não perca. Afinal de contas, neste momento, assim como Corinthians e Atlético Mineiro, que também sonham com o primeiro lugar, o importante é não deixar o Verdão abrir vantagem. Ou melhor: não deixar o time de Cuca ampliar a vantagem que hoje existe. O resto deixemos para os torcedores usarem nas conversas de botequim.

Fina ironia

Questionado sobre seu sentimento para o jogo de logo mais, entre Fluminense e Atlético Mineiro (o primeiro grande clássico do futebol brasileiro realizado neste novo dia/horário do futebol nacional, segunda-feira às 20h), quando pela primeira vez em anos Fred, um dos maiores artilheiros da história do tricolor carioca enfrentará seu ex-time, Levir Culpi, técnico do Fluminense (que teve problemas de relacionamento com o jogador), falou que vai torcer para que o centroavante do Galo “escorregue e erre tudo” durante a partida.

Claro que o experiente treinador sabe o quanto é complicado marcar um jogador da qualidade de Fred. Ainda mais quando este jogador conhece todos os defeitos e qualidades de seus adversários. Esta noite, o Fluminense enfrentará o Atlético Mineiro brigando para manter suas esperanças de chegar ao G-4 do Brasileiro. O Galo por sua vez jogará para entrar ainda mais fundo na luta pelo primeiro lugar – primeiro lugar que, ironia, há poucos anos foi perdido justamente para o Fluminense de Fred.

Polêmica

Até o momento em que escrevia a coluna não havia desmentido, logo, deve-se supor que seja real a postagem. Um jornalista português, num rasgo de sinceridade (ou seria falta de sensibilidade?) decidiu escrever em sua página pessoal que considerava os Jogos Paralímpicos um “espetáculo circense”, chegando a dizer que tudo não passava de uma forma de pessoas “normais” se satisfazerem com os problemas dos outros. Exagero? Sinceramente não vou entrar na polêmica e vou ficar atento para saber se haverá ou não algum tipo de desmentido. Apenas afirmo que assistir algumas provas é coisa para fortes. Forte quem vê, sim, mas principalmente fortes os que competem.

Sem susto

Se a galera do Flamengo sente “cheiro” de título, a vascaína se benze e segue em frente na Série B do Brasileiro. Depois de ver toda a “gordura” acumulada ir embora e até perder a liderança da Segundona, o Vasco voltou a vencer (quebrou um jejum de seis jogos se considerarmos o primeiro duelo pela Copa do Brasil) e até abriu, de novo, uma pequena vantagem sobre o Atlético Goianiense, vice-líder. Os três pontos conquistados sobre o Oeste mantiveram o time de São Januário na ponta e seguraram a distância para o quinto colocado (o primeiro dos que não sobem) em seis pontos, ou seja, por pelo menos mais três rodadas o Vasco estará no G-4 da segunda divisão – isso, claro, se tudo der errado. Mas isso nem o mais pessimista dos torcedores vascaínos acredita que possa acontecer.

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