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Cinema com ela
Cinema com ela

Os cinco maiores filmes sobre o apocalipse

Arquivo Geral

05/04/2018 10h00

O cinema, em grande parte, é o espelho da realidade. Muitos diretores conseguem inspirações em histórias baseadas nos acontecimentos rotineiros, momento em que personagens do mundo real alcançam o cenário da imaginação ilimitada de roteiristas. Mas, em outras vezes, a sétima arte é também a porta de entrada para idealizar histórias que – felizmente – não aconteceram, no caso da lista dessa semana, o apocalipse. Separei aqui grandes filmes distópicos que já serviram de muita influência atual e outros que futuramente ganharão status clássico.

5 – Eu Sou a Lenda


A cena inicial é aterrorizante. Uma jornalista entrevista uma infectologista cuja pesquisa foi responsável pela cura do câncer. O jornalista questiona: – Então vocês curaram o câncer? A médica – interpretada pela atriz britânica Emma Thompson – acena com a cabeça: – Sim, nós curamos o câncer.

Após a declaração, o diretor Frances Lawrence corta para diversas cenas de Nova Iorque completamente inóspita, onde a natureza dominou os asfaltos, postes, ruas e avenidas. Estrelado por Will Smith, Eu Sou a Lenda é remake do longa-metragem A Última Esperança da Terra, filme em que um brilhante cientista sobrevive a uma epidemia que transformou todos os seres humanos em criaturas vampirescas e canibalistas.

A relevância de Eu Sou a Lenda foi em resgatar a premissa do filme original, mas contextualizar com a atualidade. Ou seja, assim como A Última Esperança da Terra está proporcional à paranóia nuclear da Guerra Fria, Eu Sou a lenda está para avanços ou alterações genéticas. Apenas com este elemento – abstraindo célebre fotografia assustadora – Eu Sou a Lenda torna-se imperdível.

 

 

4 – Um Lugar Silencioso


Sim, a presença deste filme aqui é precoce, mas unir diversos ingredientes de filmes pós-apocalípticos e conseguir transpô-los em tela sem aparentar saturado é, no mínimo, brilhante. Além disso, realizar um longa-metragem quase mudo e ainda atrair a angústia (sim, é um filme bastante tenso) do público é de extrema raridade no cinema atual.

Na película, seres assustadores e cegos matam tudo aquilo que produz som, ou seja, para evitar que eles escutem os protagonistas, os mesmos se comunicam por meio de linguagem de libras. Dirigido, roteirizado e estrelado por John Krasinski ao lado da sua esposa na vida real, Emily Blunt, Um Lugar Silencioso, que estreia hoje (5) nos cinemas brasilienses já nasceu clássico.

 

 

3 – Extermínio
No meio tantas patifarias denominadas Resident Evils e inacabáveis filmes genéricos do sub-gênero Zumbis, o diretor especialista em pirotecnia, Danny Boyle, renova e revoluciona a categoria com o arrebatador Extermínio. Assim como foi citado em Eu Sou a Lenda, este longa-metragem tem como fio condutor de narrativa a manipulação genética.

Durante uma invasão em um laboratório britânico em que cientistas estudam a raiva nos macacos, ativistas contraem o vírus geneticamente modificado. Após a sequência agoniante dos bichos atacando os humanos, o espectador é jogado no meio de uma Londres devastada, suja e inóspita. Efeitos práticos que George Romero (responsável por propagar o sub-gênero Zumbi) aplaudiria de pé, Extermínio é aquele refresco ao grupo cinematográfico mais enfadado dos últimos tempos.

 

 

2- Filhos da Esperança


A maioria dos filmes citados aqui receberam aquela vivacidade criativa de seus realizadores, apesar de muitos adotarem técnicas que transparecem realidade no intuito de assustar, Filhos da Esperança aposta no cenário extremamente crível e paralelamente apavorante.

Dirigido pelo gênio Alfonso Cuarón (E Sua Mãe Também e Gravidade), o ano situado é 2027, momento em que toda a humanidade está infértil. Após uma ativista descobrir jovem grávida, seu ex-marido tenta proteger a mulher milagrosa, nem que isso custe sua vida.

Não existem zumbis e nem doenças catastróficas na narrativa de Filhos da Esperança, apenas a humanidade enxergando seus últimos momentos. Caso isso acontecesse, Cuarón soube muito bem como prever em vários níveis, tanto econômicos quanto sociais. Apenas um adjetivo: brilhante.

 

 

Menção honrosa: Mad Max – A Estrada da Fúria

Não é sempre que um diretor consegue se reinventar. Quando os estúdios Warner resolveram dar um reboot na trilogia, a primeira preocupação foi: Quem vai dirigir? Mas concomitante a notícia, George Miller anunciou que ele mesmo iria realizar. No lugar de Gibson, Tom Hardy – com uma interpretação morna – estrela como Mad Max.

Apesar das sequências de ação práticas, Miller conseguiu renovar o gênero envolvendo ativismo feminista no roteiro. Os protestos e denúncias alegoricamente aparecem em um filme de 2015, mesmo o escândalo ter acontecido dois anos depois. Pelo visto alguém já tentou mostrar como são os bastidores de Hollywood, né?

 

 

1- Trilogia Mad Max

Talvez a franquia pós-apocalipse mais influente de todos os tempos. Dirigido por George Miller – cuja filmografia apresenta uma das maiores versatilidades do cinema contemporâneo – o primeiro longa-metragem foi estrelado por Mel Gibson e já mostra a humanidade tentando sobreviver com o fim dos recursos naturais.

A sequência mostra o colapso e o terceiro (e mais fraco de todos) retrata a volta dos humanos aos princípios e cenários pré-históricos. Miller mostra, com essa franquia, como a humanidade poderia viver em um ciclo vicioso, sem, é claro, se extinguir por completo.

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