Talvez. Esse questionamento começou com um acordo entre a Disney e 20th Century Fox no valor de 90 bilhões de dólares. Caso não seja familiar, a Fox tem os direitos autorais dos X-Men, Avatar, Alien, dentre outros sucessos.
Com a aquisição, a Disney pode resetar a franquia dos X-Men, descartando bons exemplares como Logan e Deadpool. A Disney dominando tudo pode ser um retrocesso devido aos filmes aprazíveis. Algo que não combina com o teor violento desses personagens, abandonando elementos que fizeram de ambos um enorme sucesso.
Logan (2017). Se ganhar reboot da Disney, a abordagem violenta estará ausente
Entretanto, o tratado não foi exclusivo aos mutantes. Há três anos, a casa do Mickey resgatou Homem-Aranha da Sony, realizando outro reboot em 2017, estrelado por Tom Holland.
O público também pode perder mais, como, por exemplo, a franquia Alien, que pode deixar de existir. Mesmo com Ridley Scott declarando que a sequência de Alien Covenant seria incerta, a venda deixou esse projeto no limbo. Para o público geral, fica complicado enxergar este estúdio como responsável pela franquia de terror no espaço.
Katherine Waterston em Alien Covenant (2018). Terror que não combina com a Disney
De outra forma, a gestão produtiva da Disney é memorável. Principalmente com a Marvel, estúdio pioneiro em Universo Estendido no cinema. Além disso, equilibrar a franquia Star Wars, fazer um reboot fiel com Homem-Aranha, gerenciar trilogias em crise (Thor e Os Vingadores), entre outras atitutes aclamam essa produtora.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017), um dos maiores triunfos da Marvel na compra dos direitos autorais
Apesar dessas qualidades, não existe qualquer declaração da Disney sobre as franquias citadas, mas se o método de infantilizar permanecer, ainda mais com a dominação global da Disney, o destino do cinema comercial é preocupante.
