Câmera na mão, ação incessante e atores trabalhando sem dublês. Essa é a nova tendência que a indústria cinematográfica americana tem se inclinado desde 2004. Essa ousadia ainda reflete os dias de hoje pois, no último domingo (4), o programa de maior audiência dos Estados Unidos, Super Bowl, aproveitou o intervalo para exibir alguns trailers. Dentre eles, o novo capítulo de Missão Impossível, vindouro título que prova como Hollywood atualizou o conceito de astro de blockbusters de ação.
O diretor percussor
Paul Greengrass, conhecido por assumir a franquia Bourne em 2004 com A Supremacia Bourne, renovou o cinema pipoca com a ação extremamente intimista e real. A câmera ficava na mão o tempo todo enquanto o ator, no caso Matt Damon, jogava-se, batia e pulava pelos telhados das locações. Além da ação em tons de documentário, Greengrass fazia questão de atirar Damon no meio da multidão sem qualquer figurante, tendo que parar as filmagens diversas vezes para que fãs tietassem o astro.
Tanto para o diretor quanto para o ator, as circunstâncias eram infernais. Durante a promoção do filme, Damon revelou em muitas entrevistas como o novo método de Greengrass era caótico e ao mesmo tempo revolucionário.
A palavra “revolução” não foi utilizada com cautela. Mesmo gerando tontura na plateia devido tanta pirotecnia, muitos longas-metragens beberam da fonte de Greengrass. Da noite para o dia, todas as franquias adotaram essa ação realista. A nova franquia de 007, trilogia do Batman – O Cavaleiro das Trevas, Ponto de Vista e até mesmo a Marvel com Capitão América – Soldado Invernal e Capitão América – Guerra Civil.
Nos dias de hoje
O exemplo mais recente, como apontado, é Missão Impossível – Fallout, sexto capítulo da franquia estrelada por Tom Cruise e iniciada com a direção de Brian De Palma – já passou por John Who, JJ Abrams, Brad Bird. Agora, a saga está sob comando de Christopher McQuarrie, que usou o mínimo de dublês nas filmagens e provou como o cinema de ação realmente está sendo reciclado.
Um exemplo de cena mirabolante é uma sequência em que Tom Cruise salta de um prédio para outro. Na cena, Cruise fratura o tornozelo e mesmo assim, continua correndo, porém o acidente fez o astro ser afastado durante cinco meses das filmagens de Missão Impossível – Fallout.
Antes disso, tínhamos filmes de ação exuberantes em que John Woo e o odiado pela nação, Michael Bay, faziam questão de emanar cenas cartunescas recheadas de explosões e lutas coreografadas. Com mais de 10 anos no cenário cinematográfico, este método parece não saturar tão cedo e o diretor que apostar em algo contracorrente, possivelmente vai ser categorizado como saudosista ou retrô.
O novo capítulo da franquia Missão Impossível chega aos cinemas no dia 26 de julho. Confira o trailer:
