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Brasília

A quem interessa?

Arquivo Geral

13/10/2016 9h09

“Para manter o equilíbrio técnico…”. São mais ou menos estas palavras que abrem a determinação da CBF que proíbe, nas cinco últimas rodadas do Brasileiro da Série A, a venda de mandos de campo, ou melhor, para falar como está na regulamentação: estabelece a proibição de times mandarem suas partidas fora de seus estados de origem. Ou seja: o Flamengo só pode jogar no Rio de Janeiro; o Atlético Mineiro só pode ser o mandante em Minas Gerais e o Palmeiras, em São Paulo – reparem que falei apenas dos três primeiros colocados.

Vamos aos fatos. A determinação, ou proibição, como queiram, vem depois que dois clubes paulistas foram beneficiados com a comercialização de mandos: o Palmeiras jogou “em casa”, domingo, contra o América Mineiro, que levou o jogo para o Paraná (dizem que recebeu R$ 700 mil por isso); e o Corinthians, ontem, também foi “caseiro” contra o Santa Cruz, que levou a partida para a Arena Pantanal, em Cuiabá (não houve menção de valor recebido). Estranho, não?

E digo estranho porque a partida entre o América Mineiro e o Flamengo, na 35ª rodada, já se cogitava ser realizada em Brasília, ou Manaus (o Coelho já está rebaixado e tenta ao menos arrecadar uns trocados para pagar suas contas em 2017). Não pode mais. Os paulistas se deram bem, os outros… E, reparem bem, mesmo em Minas Gerais tenho certeza de que o rubro-negro terá maioria na arquibancada, afinal de contas, não é qualquer time que leva 30 mil torcedores num jogo domingo de manhã como o Flamengo tem feito em São Paulo…

O colunista não vê nada de mais na venda de mandos. Ou melhor. O colunista acha a situação absurda, mas é a saída que muitos clubes encontraram para ganhar algum dinheiro. O desnível técnico, ou melhor, a falta de apoio dos torcedores não conta muito, ou alguém acha que o torcedor do América Mineiro, já “encaminhado” para a Série B, iria ao estádio apoiar seu time faltando quatro jogos para o fim do Brasileiro? Mas que pegou muito mal a decisão, agora, lá isso pegou.

Céu de brigadeiro

A seleção brasileira não deu uma grande exibição de futebol, mas ganhou da Venezuela, em Mérida, e, como era de esperar, assumiu o primeiro lugar das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, beneficiada pelo empate do Uruguai contra a Colômbia. Completam o G-4 continental o Equador e a própria Colômbia. Estranharam a ausência da Argentina? Pois é… Os hermanos vivem hoje o mesmo problema que vivíamos na era pré-Tite: o treinador Edgardo Bauza (ex-São Paulo, lembram?) é muito criticado e a Argentina ocupa um modesto quinto lugar, um ponto à frente do Paraguai (para quem perdeu pela primeira vez uma partida oficial) e a dois pontos do Chile.

Para o Brasil, é claro, nada disso interessa. Temos de ver o nosso lado. Até agora, Tite tem quatro jogos e quatro vitórias à frente da seleção. O aproveitamento de 100% será posto a prova na próxima partida, no início de novembro, contra a Argentina (já imaginaram o Brasil ganhando e o time de Messi passando para sétimo lugar?). Pelas contas da comissão técnica, faltam sete pontos para garantir a vaga no Mundial da Rússia. Eu, precavido, falo em nove. E restam oito jogos, quatro em casa. Acho que já podemos pensar em reservar passagens para Moscou…

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