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Cinema com ela
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2018: o ano dos musicais

Arquivo Geral

15/11/2018 10h33

Atualizada 16/11/2018 23h12

Em algum âmbito da Broadway dois sentimentos ocorrem: o do orgulho ou do repúdio. Para quem não está familiarizado com o termo, O Teatro da Broadway é conhecido como uma das maiores (senão a maior) fábricas de musicais de toda a cultura industrial. Por ser uma entidade tradicional no mercado americano, quando um musical ganha asas e aterrissa em Hollywood, esses dois sentimentos diametralmente opostos acontecem. Por ora, o ano de 2018 tem sido de extremo orgulho tanto para os fãs quanto para os produtores.

Por que 2018 pode ser considerado o ano dos musicais?

Em alguns casos, imagens valem mais do que palavras, porém, para Hollywood, cifrões valem mais do que qualquer crítica. E há um bom tempo, Hollywood não arrecadava tão bem com este gênero. Confira os números:

Nasce uma Estrela

Orçamento: U$ 30 milhões

Arrecadação: U$ 330 milhões

Bradley Cooper e Lady Gaga no filme Nasce Uma Estrela

 

Mamma Mia! Lá Vamos Nós De Novo

Orçamento: U$ 75 milhões

Arrecadação: U$ 395 milhões

Mamma Mia! Lá Vamos Nós De Novo: o aperfeiçoamento do que já era bom

 

Bohemian Rhapsody

Orçamento: U$ 52 milhões

Arrecadação: U$ 311 milhões

Remi Malek como Freddie Mercury no estrondoso Bohemian Rhapsody

Apenas com três filmes, mesmo com estúdios distintos, Hollywood arrecadou cerca de U$ 1 bilhão com o gênero derivado da Broadway. Em escala macro, ao comparar com demais subgêneros (como o de histórias em quadrinhos), os números não surpreendem tanto. Mas ao analisar os valores de orçamentos com a arrecadação, 2018 foi o grande ano dos musicais. Contrapor este ano com os demais também prova como 2018 é atítpico. Entre 2016 e 2017, apenas dois musicais funcionaram como apostas grandiosas para prêmios como La La Land e O Rei do Show, respectivamente. Mesmo que a Disney tivesse apostado em A Bela e a Fera, o segredo é trazer novas ideias como Mamma Mia e Bohemian Rhapsody.

O morno O Rei do Show

 

O que ainda há reservado em 2018

Os estúdios Disney conseguiu surpreender – no sentido pejorativo – nos últimos dois anos ao anunciar O Retorno de Mary Poppins. Como se não bastasse a façanha, a casa do Mickey ainda escalou Rob Marshall (dos tenebrosos musicais Chicago e Nine) como diretor da sequência do clássico estrelado por Julie Andrews. A única esperança dessa possível bomba é a formidável Emily Blunt como a feiticeira.

Emily Blunt como Mary Poppins

Ao contrário de todos já citados, apenas um segue contracorrente. Vox Lux, estrelado por Natalie Portman, foi ovacionado no Festival de Veneza deste ano. Os maiores elogios ficaram concentrados na perfomance da atriz, nas músicas compostas pela cantora Sia e pelo roteiro subversivo para o gênero.

Natalie Portman no controverso Vox Lux

Desde que me entendo como comentarista de cinema, musical sempre foi uma área tenebrosa de visitar. Entretanto, toda essa energia destes lançamentos está me doutrinando ao gênero lúdico de seres cantantes. Parabéns, Hollywood.

 

Fonte: https://www.boxofficemojo.com/

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